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A experiência do Pentecostes

Considerado por muitos como sendo o dia do nascimento da Igreja, o Pentecostes é, sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais importantes da fé cristã.


As Escrituras relatam que “ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2:1-4 ARA).


Em Gênesis 11, os homens também estavam reunidos no mesmo lugar, construindo uma torre para chegar aos céus, tomados de soberba e egoísmo. O resultado foi a divisão das línguas e a dispersão do povo. O nome daquele lugar era Babel. Agora em Jerusalém a situação se inverte: homens de diversas partes do mundo estão reunidos no mesmo lugar, ouvindo falar não sobre o homem e suas produções fantásticas, mas sobre as grandezas de Deus, e, pasmem, ouvindo na sua própria língua. Como o poeta escreveu: “E a voz dividida da antiga Babel se fez voz unida, prenúncio do céu!”1 .


O Espírito Santo veio para nos ajudar a falar das grandezas de Deus, do evangelho, que quer dizer “boa notícia”. Qualquer coisa que não seja uma boa notícia não pode ser chamada de evangelho. Na sequência do texto (Atos 2:14- 41) vemos um Pedro - antes nitidamente covarde e negando ao Mestre - pregando poderosamente essa boa notícia e convertendo três mil almas! Agora seria possível ir por todo mundo e pregar o evangelho a toda criatura! Jesus havia lhes dito: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:49). Eles não precisavam mais ficar esperando no cenáculo: a promessa se cumpriu!


Se a experiência do Pentecostes se limitasse apenas à tradução de diversos idiomas, não passaria de uma experiência linguística. No entanto, as conversões e a transformação que ocorreu na vida das pessoas nos dias que se seguiram nos revela o vasto alcance do poder do Santo Espírito: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.


Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (Atos 2:42-47 ARA).


A experiência do Pentecostes nos ensina algumas lições:

• Uma espera obediente traz resultados sobrenaturais;

• Podemos compartilhar das grandezas de Deus mesmo com aqueles que não falam a nossa língua;

• Ao compartilharmos nossa fé, como fez Pedro, muitos crerão no Senhor;

• Vento e fogo são uma combinação poderosa! O Espírito Santo é esse sopro de vida e esse fogo santificador que precisamos para cumprir a missão;

• O poder do Santo Espírito traz perseverança;

• O poder do Santo Espírito produz temor;

• O poder do Santo Espírito é acompanhado por sinais e maravilhas;

• O poder do Santo Espírito traz união e comunhão diária;

• A presença do Santo Espírito produz louvor e salvação;

• Uma igreja cheia do Santo Espírito cai na simpatia do povo. Se isto não acontecer, tem algo errado nessa comunidade. Para pensar:

• Sua experiência com Deus tem levado você a falar das grandezas dEle àqueles que estão ao seu redor?

• Você tem sido um instrumento de unidade mesmo em meio à diversidade?

• Você tem perseverado no estudo das Escrituras, na oração e no compartilhar com os outros aquilo que você tem recebido do Senhor?


1 Guilherme Kerr Neto, em “Gentes e Línguas”


Major Ebeneser Nogueira

Chefe Divisional, Divisão do Nordeste




(Artigo publicado originalmente na edição Maio-Junho da Revista Rumo)



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